LUCAS 15
25 E o seu filho mais velho estava no campo; e quando veio, e chegou perto de casa, ouviu a música e as danças.
26 E, chamando um dos servos, perguntou-lhe que era aquilo.
27 E ele lhe disse: Veio teu irmão; e teu pai matou o bezerro cevado, porque o recebeu são e salvo.
28 Mas ele se indignou, e não queria entrar.
29 E saindo o pai, instava com ele. Mas, respondendo ele, disse ao pai: Eis que te sirvo há tantos anos, sem nunca transgredir o teu mandamento, e nunca me deste um cabrito para alegrar-me com os meus amigos;
30 Vindo, porém, este teu filho, que desperdiçou os teus bens com as meretrizes, mataste-lhe o bezerro cevado.
31 E ele lhe disse: Filho, tu sempre estás comigo, e todas as minhas coisas são tuas;
32 Mas era justo alegrarmo-nos e folgarmos, porque este teu irmão estava morto, e reviveu; e tinha-se perdido, e achou-se.
INTRODUÇÃO:
Então,
o irmão mais velho era mesmo um homem certo? Pelo menos ele mesmo se julgava
assim. E é provável que algumas pessoas mais também o vissem assim.
Afinal era um homem trabalhador, cumpridor de seus deveres,
responsável, caseiro, ordeiro e, certamente, incapaz de aventuras como fizera o
irmão mais novo... Mas ele era mesmo um homem certo? Como seu irmão, o Pródigo,
teria sido recebido se em vez de ser avistado pelo Pai tivesse tido a
desventura de encontrar esse irmão mais velho? Para evitar que erremos com
relação a nós próprios e ao nosso próximo, vamos examinar alguns ERROS DE UM
HOMEM "´ÍNTEGRO"
I - ELE ESTAVA ERRADO EM SUA AUTO-AVALIAÇÃO.
(errava
ao pensar a respeito de si mesmo)
1) Como ele se via?
a.
como um homem trabalhador (v.29) "há tantos anos te sirvo"
b.
uma pessoa correta (certa) (v.29) "nunca transgredi 1 mandamento"
c.
alguém injustiçado (v. 29) "nunca me deste um cabrito" Na realidade
ele não se conhecia...
2) Suas características eram outras:
a. Ele era desconfiado (inseguro) (v.26) + Ele
chama um dos empregados para saber o que acontecia em sua casa... + Por que não
entrou? + Por que não se contagiou com a alegria do Pai?
b. Além de inseguro, ele era zangado. (v. 28)
"ele se indignou" ("ficou zangado"-BLH) + O vocábulo usado
para indignado traduz não apenas uma súbita expressão de ira , mas fala da ira
como uma disposição permanente, profunda, arraigada. + O orgulho o havia
tornado insensível. Era incapaz de aceitar a volta do irmão, de partici- par da
alegria do Pai. + Por que ficar zangado? Por que indignar-se? Por que assumir
uma atitude de indignação quando há alegria? Além de desconfiado e zangado ele
era, também:
c. Calculista / Materialista (v.30) “ Estava
preocupado com os prejuízos materiais que o irmão causara : "vindo este
teu filho que desperdiçou os teus bens." Ele precisava aprender a se
preocupar com o bem estar do irmão. Uma vida vale mais do que todos os bens do
mundo ( Lc. 12:15) O que vale ganhar o mundo e perder uma alma? (Mc. 8:36)
"A vida do homem não consiste na abundância dos bens que
possui." Por que tanta preocupação
com bens materiais quando o que vale é buscarmos ser ricos para com Deus ?
VEMOS, PORTANTO QUE ELE ERROU NA SUA AUTO-AVALIAÇÃO. Outro erro do Homem que se
achava certo:
II - ELE ESTAVA ERRADO AO AVALIAR O PAI.
(ele estava em casa mas na realidade não
conhecia o Pai)
a.
Para ele o Pai era ingrato (v.29) "há tanto tempo te sirvo!" +
Quantas vezes servos do Senhor falam esta frase! + Enquanto ele achava o Pai
ingrato, vivia coberto pelos favores do Pai. + Por que ficar perturbado com as
bênçãos que Deus dá ao próximo, se Ele está sempre pronto a nos abençoar? Lm.
3: 22,23 - "As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos
consumidos; renovam-se a cada manhã. Grande é a sua fidelidade."
b.
Para ele o Pai era injusto (v.30) "Veio este teu filho" + Acusava o
Pai de haver dignificado quem não merecia dignidade e de não reconhecer quem
merecia reconhecimento. + Acusava o Pai de não haver recebido nada, quando, na
realidade, tinha tudo (v.31) "Tudo o que é meu é teu" ( ler também o
vs.12 -..ele repartiu a ambos a sua fazenda) + O Senhor nos dá liberalmente,
não lança em rosto, e nos dá sempre. (Tiago)
ELE
TAMBÉM ERROU NA AVALIAÇÃO DO PAI - SEU SEGUNDO ERRO!
III- ELE ESTAVA ERRADO AO AVALIAR O IRMÃO.
(ele
não conhecia o irmão mais novo)
a.
Para ele o irmão era... o Pródigo (sonhador, esbanjador, perdulário,
aventureiro, o.... errado!) Via apenas o irmão fugindo de casa e não era capaz
de vê-lo voltando ao lar. + Por que ficar apegado ao passado? + Por que olhar
só para as falhas do irmão em vez de buscar nele virtudes para as quais
possamos olhar?
b.Para
o irmão mais velho, além de Pródigo, o irmão era indigno nem mais era seu irmão
(v.30) "veio este TEU filho" + Quanto orgulho! Por que não mais
reconhecer o irmão ? + Por que alguns, às vezes, não dão atenção ao irmão? + O
irmão havia deixado de ser indigno a partir do momento em que reconhecendo sua
indignidade, se arrependeu de seus pecados: "já não sou digno de ser
chamado teu filho" + Enquanto ele via o irmão como Pródigo, o Pai o via
como arrependido; enquanto ele via o irmão como indigno, o Pai, em seu amor já
o tornara digno. + Por que ficar olhando sempre para o passado do próximo? +
Por que não olhar para a sua atitude de arrependimento? + A realidade é que o
filho mais velho havia se tornado mais pródigo que seu irmão mais novo. O irmão
se distanciara fisicamente e ele espiritualmente; o irmão partira de casa e
ele, ficando dentro de casa, pensava e agia completamente diferente do Pai.
ELE
TAMBÉM ERROU COM RELAÇÃO AO IRMÃO
CONCLUSÃO:
Como ficou esse irmão mais velho? (ele entrou em casa?)
três situações prováveis:
a.
Ele pode ter assumido a sua condição de Pródigo, ter ido embora: deixado o lar
por não suportar a presença do irmão! Como esse triste quadro se repete hoje!
b.
Ele pode ter entrado e continuado em sua atitude de indignação; vivendo de
semblante fechado. Triste na alegria - um estraga festas! É também um triste
quadro que se repete. O pior é que quem assume atitude assim sofre as
conseqüências: Pv. 17: 22 "O coração alegre serve de bom remédio, mas o
espírito abatido seca os ossos."
c.
Ele pode ter caído em si e ter se arrependido, e ter entrado disposto a ter
comunhão com o irmão. A atitude de arrependimento o levaria a:
1 - enxergar sua real situação;
2- ver o próximo como irmão;
3- compreender o amor do Pai
Aproximemo-nos
do Pai. Peçamos-lhe: amor para eliminar o rancor; perdão que nos livre da vil
ambição; misericórdia que faça desaparecer a discórdia; e compaixão que nos
capacite a viver com o irmão. Amém.
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Olá irmão Arimatéia.
ResponderExcluirEstive lendo seu texto, leitura um tanto proveitosa. Parabéns pela iniciativa.
Deus abençoe teu ministério.
Só a irmã Deusilan, nem sei se recordas de mim.Mas caso não se recordes não tem problema.
Cordiais saudações.